Achismo religioso. E se a moda pega?

Em nosso dia-a-dia, somos cheios de julgar as pessoas e os fatos. Digo isso a começar por mim. É tão simples, e muitas vezes bem prático, dar a nossa versão ou “achismo” dos fatos, que até passamos a ver aquilo que pensamos como uma verdade suprema, absoluta e digna de tudo e de qualquer coisa.


O mundo de hoje precisa de profetas, verdadeiros profetas. E não apenas daquele que aponta o erro do irmão, como também daquele que consegue enxergar o que precisa mudar em si próprio.

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A comunicação hoje está tão instantânea, com o crescimento do Twitter, por exemplo, onde cada pessoa descobre que tem uma forma de ser formador de opinião tão rápida e potente, que muitas vezes esquecemos que Deus precisa falar primeiro para a pessoa que escreve, como neste caso o Senhor está usando de mim através deste texto, primeiramente me tocando e me motivando a viver o que partilho.


Tenho visto, principalmente neste serviço de rede social e microblog (Twitter – que já deixou os blogs parados no tempo), gente que se coloca contra determinadas pessoas do meio religioso, principalmente bandas e cantores de música católica, e até mesmo contra letras de músicas, sem mesmo tentar entender o verdadeiro sentido da mesma. E muitas vezes estas pessoas são do próprio meio, por incrível que possa parecer.

Dizer que determinada banda religiosa toca “músicas de amor” camufladas em “músicas de Deus” é pura hipocrisia. Acordemos! Precisamos ver os frutos antes de qualquer julgamento! Ou esquecemos que temos que E-V-A-N-G-E-L-I-Z-A-R? É mais fácil evangelizar os católicos, os já cristãos, tocar numa missa, num retiro, num show, em evento já religioso, na minha paróquia, comunidade, diocese… E o avançar para águas mais profundas, como e onde fica?


Veja que não estou desmerecendo, de forma alguma, tocar na Santa Missa, num retiro, num show religioso, etc. Pelo contrário, esta comparação é apenas para nos colocar a pensar.


Como um mero exemplo, pego a música “de amor” do Rosa de Saron, que toca no Brasil inteiro, em rádios religiosas e populares (seculares). Será que ela não faz muita gente conhecer a Deus e alavancar momentos de intimidade com o Senhor posteriormente, quando a pessoa conhece mais a fundo a banda e/ou suas outras canções?


Como na vida e na história do meu ministério, com a música “Anjo Guardião”, que com a graça de Deus tomou uma proporção nacional e até internacional, sendo executada em rádios de todo o país para a nossa surpresa e confirmação de nossa missão. Quantos testemunhos de conversão, de pessoas tocadas a mudar de vida, de ajudar aos mais necessitados, de volta para a Igreja tivemos com ela! São testemunhos diários por e-mail, pessoalmente e nas centenas de comentários no YouTube, no clipe da canção. Sabemos que ela fala de Deus de uma forma não direta (propositalmente), transformando o ouvinte no “anjo” de alguém (a letra fala da realidade dos anjos da guarda), mas a cada comentário que nos chega, sabemos que o Senhor nos usa como setas que indicam o caminho a Ele.

É claro que temos ainda vários pontos não citados aqui, como alguns que idolatram determinado artista religioso ou outros que utilizam roupas e acessórios inusitados em suas apresentações. Mas são assuntos para próximos futuros artigos, se Deus quiser!


Minha oração de hoje é para que o Senhor nos faça enxergar como avançar REALMENTE para além do que já fazemos. Ao invés de ficarmos criticando outros e suas missões, usemos nosso tempo para refletir e buscar a sintonia com o céu, para fazermos a diferença na Obra de Deus. Amém!


Santa Cecília, rogai por nós!


Por: Rafael de Angeli