segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Fracasso Sim! Fracassados Não!



Em nosso dia a dia somos marcados por perdas e ganhos, quedas e reinícios. Vivemos assim, cercados dessas realidades [perdas e ganhos, quedas e reinícios], mas, no fundo, nunca queremos fracassar. Pensar nas derrotas já nos causa arrepios, além de, muitas vezes, trazer lágrimas, sentimento de culpa, vontade de sumir.


Reduzir a felicidade somente aos “triunfos” da vida é um erro grave, pois fechamos o nosso olhar para nós mesmos, agimos como se fôssemos os autores de tudo e, indiretamente, tiramos Deus da “jogada”.


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Saber o nosso lugar, o que somos diante das derrotas, faz toda a diferença! Ter a consciência de que a nossa felicidade não é pautada apenas pelo sucesso, que não somos o centro do mundo, que o fracasso pode ser o lugar privilegiado para o encontro com alguém maior do que nós, que a queda pode ser o início de um novo tempo, muda o rumo da nossa vida.


Quando Jesus foi crucificado, muitos dos que estavam ali, no calvário, tinham-no como derrotado, no entanto, na cruz, estava – ao mesmo tempo – nossa derrota e a vitória de Cristo sobre a morte.


Para o cristão a cruz (sofrimento) não é fracasso, e sim, certeza da vitória de um Deus que, unindo-se aos nossos fracassos, deu-nos a vida por amor. Isso faz e é toda a diferença! Compreender isso é o segredo para compreender a nós mesmos e alcançar felicidade, como afirmou o Beato João Paulo II, em sua Encíclica Redemptor hominis:


“O homem que quiser compreender-se a si mesmo profundamente — não apenas segundo imediatos, parciais, não raro superficiais e até mesmo só aparentes critérios e medidas do próprio ser — deve, com a sua inquietude, incerteza e também fraqueza e pecaminosidade, com a sua vida e com a sua morte, aproximar-se de Cristo. Ele deve, por assim dizer, entrar n’Ele com tudo o que é em si mesmo, deve apropriar-se e assimilar toda a realidade da Encarnação e da Redenção, para se encontrar a si mesmo”. (RH 10)


Portanto, quando compreendemos que o sentido do nosso dia a dia não é um balanço entre as perdas e ganhos, quedas e reinícios, abrimos toda a nossa vida para o encontro verdadeiro com Jesus, nosso Redentor. Aprendemos que o Senhor, no mistério de Sua Paixão, Morte e Ressurreição, assumiu para Si todas as nossas vitórias e fracassos, dando-nos em Sua vida um sentido pleno para nossas escolhas.


O fracassado é, portanto, aquele que não assumiu Jesus como o centro de sua história!


Nós cristãos, portanto, não somos inumes aos fracassos do dia a dia, mas sim chamados para ir além das quedas, reconhecendo em Jesus Cristo uma via de recomeço, cientes de que Ele assumiu para Si todo o nosso fracasso.


Coragem! Não fique parado fazendo os cálculos do fracasso, chorando as lágrimas da derrota, recomece dirigindo-se a Ele, pois quando temos a certeza de que somos homens sujeitos a fracassos, mas não fracassados, alcançamos a graça da felicidade.


Redirecione a sua vida em busca do imperecível, do troféu daqueles que, apesar de fracassarem em alguns momentos do dia, jamais se tornam fracassados.


Por: Ricardo Gaiotti


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