quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Música e Liturgia



“O canto e a música desempenham sua função de sinais de maneira tanto mais significativa por ‘estarem intimamente ligados à ação litúrgica’, segundo três critérios principais: a beleza expressiva da oração, a participação unânime da assembléia nos momentos previstos e o caráter solene da celebração. Participam assim da finalidade das palavras e das ações litúrgicas: a glória de Deus e a santificação dos fiéis” ( CIC- 1157).


Não pretendo fazer aqui um tratado de liturgia, apenas darei algumas dicas sobre a postura do ministério de música em animações litúrgicas, especialmente nas celebrações Eucarísticas.


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Na celebração Eucarística, o presidente é o sacerdote; portanto, antes de toda e qualquer celebração, converse com o sacerdote e exponha o que o ministério preparou em unidade com a equipe de liturgia.


Sei de toda a complexidade e até das diferentes interpretações sobre a liturgia que alguns padres dão; em todo caso, vale a máxima: “Quem obedece não peca”. Portanto, consulte o padre e obedeça-lhe.


Se você tiver conhecimento o bastante e abertura com o sacerdote, pode defender dua opinião; o diálogo nos faz crescer. Mas converse em outro momento, não poucos minutos antes do início da celebração.


Na missa, a música deve contribuir ara o engrandecimento e a profundidade dos momentos litúrgicos; por isso, cada música precisa se encaixar com momento certo e acompanhar os tempos litúrgicos.


Missa não é Show!


Não chame a atenção do povo para si ou para seu grupo musical. Na missa, Jesus é o centro.


Não desvie a atenção das pessoas com “caras e bocas” durante a interpretação de uma música, nem na execução de um solo instrumental.


Não converse durante a celebração, escolha antecipadamente as músicas e seu respectivos tons. Se houver extrema necessidade de algum diálogo, faça-o da forma mais discreta possível. Nada mais desagradável do que um ministério se entreolhando com ar desesperado, de “qual a próxima música?” ou “qual o tom?”.


Não use, durante a missa, roupas com cores fortes ou estampadas, a não ser que você seja convocado de surpresa e não tenha condições de se trocar.


Não use, de jeito nenhum, roupas sem mangas, decotadas, transparentes ou bermudas durante a celebração Eucarística.


Escolha os cânticos de acordo com as leituras e tempo litúrgico. Não se pode cantar os Hits, a não ser que se encaixem com o tema da celebração.


Peça aos músicos que toquem de forma harmônica e com um volume que favoreça a oração. Já vi muitas vezes sacerdotes e ate bispos serem “martirizados” pelo alto volume dos instrumentos, inclusive da bateria, montados a menos de um metro de seus ouvidos, em palcos pequenos.


Não use a harmonia mais complicada que vocês sabe tocar. Nas celebrações, precisamos ajudar o povo a rezar as canções. Acordes muito dissonantes não são os mais indicados nessas ocasiões. Cuidado para não fazer das missas uma “Válvula de escape”para seu desejo de tocar no Free Jazz Festival ou no barzinho mais “out” de sua cidade.


Ensaie com o povo antes da missa. Ensine os cânticos novos e motive-os a rezar com eles.


Algumas fórmulas da missa, como o “Cordeiro de Deus”, não podem ser modificados. Estude liturgia! Em liturgia não dá para improvisar.


Não queira ser um ministro de música “garçom”, que apenas serve aos outros o banquete. Participe ativamente de cada momento da celebração, sente-se à mesa. Você também é um “feliz convidado para a ceia do Senhor”.


Se você é animador de música na liturgia, não multiplique as palavras. Não queira fazer uma homilia a cada música, nem queira roubar o papel do comentarista.


Por: Luiz carvalho - Com. Recado
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